quinta-feira, 25 de julho de 2013


















O desejo me deu nome
Encorajou me a falar, a sorrir, a amar
Ensinou me o que era fome
Deu me um propósito para movimentar

E através da linguagem constante,
Aprendi a lhe simbolizar,
Do significado ao significante
Construí minhas projeções
Transferências e frustrações

Com a lei dos homens, te reprimi
Com a lei de deus, te demonizei
Mas foi com o ego, através dos sintomas que te deformei.

Tornei me ato falho, neurótico oco, vivo no imaginário
Tentando me libertar, de uma realidade repressora
Formada por instituições narcísicas e perversas
Que tomam o nosso lugar de desejar,

E quando não nos adaptamos a essas relações de poder
Culpam nos pelo nosso próprio mal estar
O que eles não sabem é que o conflito do desejo
Como um cavalo selvagem, não conhece limites e não se pode dominar...

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