sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Vicio Vital
















Louvado seja esse meu vicio,
Sem pudor, sem compromisso
Que não priva os sentidos,
De se dissimular
E que me entrega de vez, o pecado
De uma boca seca
Que só quer se embriagar

Feito um guia ateu
Lembra o tempo todo que seria de mim
Sem tudo o que me prometeu,
Aí de quem tivesse que buscar enfim
A liberdade de ser, sem depender
De um vicio tão vital,

E na falta de você,
Fico em uma ressaca sóbria
De intensa solidão,
Ao conviver com a culpa,
Na lembrança, deriva de perder a luta,
Sem encontrar, um seguro porto
Sem sustentar nesse cansado rosto
A euforia de uma ilusão

Seria como o amor,
Sem a saudade
Insensatez sem promiscuidade
Casamento sem submissão
Contratos sociais sem prostituição
Pastor sem rebanho
Dores sem danos
Mentiras absolutas sem religião

E não se engane,
Em pensar que o vicio é um coma
No qual um dia eu possa acordar
O vicio é um sintoma, ao se perder
Nessas relações de poder
Que o tempo todo
Insistimos em propagar...