O desejo me deu nome
Encorajou me a falar,
a sorrir, a amar
Ensinou me o
que era fome
Deu me um propósito
para movimentar
E através da linguagem
constante,
Aprendi a lhe
simbolizar,
Do significado ao
significante
Construí minhas
projeções
Transferências e
frustrações
Com a lei dos homens,
te reprimi
Com a lei de deus, te
demonizei
Mas foi com o ego,
através dos sintomas que te deformei.
Tornei me ato falho,
neurótico oco, vivo no imaginário
Tentando me libertar,
de uma realidade repressora
Formada por
instituições narcísicas e perversas
Que tomam o nosso
lugar de desejar,
E quando não nos adaptamos a essas relações de poder
Culpam nos pelo nosso próprio mal estar
O que eles não sabem é
que o conflito do desejo
Como um cavalo selvagem, não conhece limites e não se pode dominar...