sábado, 5 de outubro de 2013

Porto alma...



Feito pôr do sol,
Meus olhos foram se cobrindo,
Nas profundezas de incertezas
Das minhas próprias regressões,
Afogando me em uma induzida loucura,

Em meio a águas turvas e escuras,
Veneno para uma consciência em completa negação
De todas as vezes que me deixava levar
Abandonando a própria luta,
Fugindo em alto mar,
O medo afundava esse corpo
Que não sabia nadar, mas se escondia
Rezando e chorando, esperando a resposta
Que não vinha, chegar...

E como miragem, na outra margem
Estava abandonado, ancorado, o amor...
Um lugar tão distante,
Onde não ousava chegar,
Mas estaria ao alcance
Se eu pudesse liberta lo
Mas primeiro me libertar
Das repressões e temores, deixando remar o desejo
E se enfrentar, se permitir
Aprendendo com o amor que não nasceu para seguir...

Péricles Carvalho

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