quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Sentença...




E quando for, 
Embora o amor
Levando com ele o calor
E elo que nos sustente
Não haverá lei, rei ou quem 
Que se apresente em teu altar

Não haverá restos 
Que se dê à aproveitar
Territórios sem donos, 
Sem tronos, 
E quando o inverno visitar,
Pela ausência da chama pelo amar
O peito se petrificará, 
Em gélida e infinita sensação
De morte, 
Não haverá teto
Que nos protegerá, Nem projetos
À se sustentar, 
E se regressará a escravidão
O homem a si próprio

Feridas se abrirão 
Por entre as asas do desejo
E a liberdade de voar 
Com a força das emoções, 
Que nos guiam para o poder 
De acreditar, de sentir e mudar
Deixarão os céus em silêncio
Como se jamais pertencessem a este lugar

E quando for, 
Embora o amor 
O sentido sucumbirá, 
Perdendo o rumo, 
E a alma por suicídio 
Não mais existirá, 
Deixando um vazio à beira mar.
A vida se arrastará 
Por entre espinhos, sem jamais se curar...

Péricles Carvalho e Quézia Gonçalves



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